Achei este vídeo fantástico. Pela letra, pelas imagens, pelo sentimento. Por isso decidi partilhar com vocês.
Porque muitas vezes ficamos mesmo sem ar...
Porque há alturas em que queremos esquecer e até o vento nos traz as lembranças que não queremos lembrar. Por muito que tentemos afastar uma certa imagem ela insiste em estar presente, em fazer-nos dizer coisas sem sentido, em perder o rumo...
E permanecemos assim...
Tu és o meu farol e nos teus braços é o meu lugar.
Ela passava constantemente por mim. Não tinha força para a mudar, para me dirigir a ela. Tornava-se uma tortura. Quase insuportável. Ela bordejava em meu torno e eu nada fazia para a alcançar.
Os dias foram passando, os meses e até os anos em que vivi neste enleio.
Chegou um ponto que não aguentei e tomei uma posição.
Não poderia manter-me naquele impasse.
Ganhando coragem, dirigi-me a ela:
“Posso envolver-me em ti? Abraçar-te todos os dias? Deitar-me e acordar contigo? Amar-te como nunca amei ninguém?”
Ela, na sua discrição, mas convicta da sua vontade, abraçou-me. A reciprocidade foi imediata. Foi o abraço mais envolvente que senti.
Agora sou pleno de felicidade. Vivo em harmonia e paz. Uma serenidade que cessou as minhas hostilidades com o Mundo.
Claro que nem sempre estamos bem, pois nem tudo é um mar de rosas. Há quem diga que “são coisas da vida”, eu apenas digo que “são coisas minhas”, pois agora a Vida é minha. Estou loucamente apaixonado por ela e não mais a largarei…
Pudesse eu escrever tudo o que me vem na alma.
Pudesse eu transcrever todos os meus pensamentos.
Pudesse eu exprimir tudo o que sinto.
Pudesse eu sentir tudo o que desejo.
Pudesse eu desejar tudo o que quero.
Pudesse eu querer tudo o que conquisto.
Pudesse eu conquistar os desejos, para estes passarem a ser subjogados.
Pudesse eu contornar os óbices, para fugir num caminho sem barreiras.
Pudesse eu dominar a raiva de julgar, quando devemos imparcialidade.
Pudesse eu reprimir os opressores e liberar os oprimidos.
Pudesse eu abdicar da minha vontade para satisfazer a dos outros.
Pudesse eu ser aquilo que sonhei.
Se pudesse ser o que sonhei, certamente que a minha alma sentiria os pensamentos daquilo que desejo e ambiciono, e eu saberia exprimir o meu querer.
Se eu pudesse ser o que sonhei, certamente que os desejos não seriam salientados, que os óbices seriam transformados em protecções, que a imparcialidade seria a minha sentença, que os opressores acalentariam os oprimidos e que as minhas vontades seriam complementares aos desejos dos outros.
Não podendo ser o que sonhei, resta-me sonhar com a quimera de uma mudança, que me aproximará da utopia fantasiada.




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