A nossa ideia inicial era pegar num tema e cada um de nós falar um pouco sobre isso, por isso cá estou para divagar um pouco acerca do texto que escreveste: a infidelidade.
De facto esta é uma questão bastante delicada. A infidelidade...A traição magoa, entristece, deprime, a traição mata. Mata relações que se julgavam quase perfeitas. Mas estava lá o quase...Porque sempre se disse que nada é perfeito...
É verdade que se considera que os homens são mais propícios à traição do que as mulheres. Não quero dizer que as mulheres não o fazem, porque fazem. Mas talvez o instinto masculino os faça agir mais rapidamente. Penso que apesar de isso acontecer de ambas as partes, a mulher tende a usar a razão, que faz com que muitas vezes não avance, porque sabe que isso lhe trará consequências. O homem, se estiver num ambiente propício ao envolvimento com outra pessoa, age mais instintivamente, pondo mais rapidamente de parte a razão.
Não concordo, caro Hélder, quando dizes que “são ainda os homens considerados o sexo que mais trai, mas apenas e só, porque ainda sentem orgulho do seu poder de conquistar várias mulheres, e se vangloriam disso”. Penso que não é só por esse motivo. Há outros. Penso até que na grande maioria das vezes, quando um homem trai a sua mulher, ele acaba por sentir vergonha, revolta, arrependimento e medo. Sim, medo. Sabes porquê? Porque no fundo tem medo de perder a mulher que tem, que o ama, que está ao lado dele sempre que ele precisa, que o ouve mesmo quando ele está errado, que pensa nele antes de tudo...
Acho que os homens já não sentem orgulho por isso, sentem mesmo vergonha.
Ou pelo menos deviam sentir...É claro, não me interpretes mal, as mulheres também.
E sabes o que me revolta ouvir muitas vezes? Sim, porque todos conhecemos alguém a quem esta tragédia bateu à porta (infelizmente)...O que me revolta saber é que há pessoas que usam os próprios filhos para chantagear o parceiro, para tentar esconder dos outros a situação em que vivem. É tempo de perceberem que as crianças não têm culpa dos erros dos adultos. As crianças precisam de amor, de carinho, de compreensão, de pais que cheguem do trabalho e brinquem com eles, que sejam os pilares do lar. Não precisam de falsidade, de traição, de jogos baixos para ocultar a vergonha que resulta de um impulso momentâneo. Revolta-me aquelas pessoas que vivem de aparências, que se apresentam em público como o casal feliz, o casal sensação... Quando por dentro um deles sofre amargamente a traição, está despedaçado e tem de mostrar o seu melhor sorriso aos outros. A nossa sociedade comporta este tipo de facetas.
Tudo por um momento de...Desejo! Talvez. Talvez sim, talvez não. Desejo, vingança, descontentamento, vício, inconsciência, estupidez. A traição não se pode generalizar; cada caso é um caso. Um triste caso. Cada pessoa vive-a e sente-a de maneira diferente.
De uma coisa podemos estar certos: a infidelidade não tem em conta classes sociais, etnias, religiões, idades, partidos...A infidelidade é um defeito humano.
Não sabemos o que nos acontecerá amanhã. Mas não se esqueçam, tudo o que fazemos trará as suas consequências. Vivamos o presente, aprendendo com o passado e lembrando-nos que existe uma amanhã. E que podemos não ter tempo de voltar atrás...
Não vou escrever mais. Há sempre tanto para dizer sobre este tipo de questões.
Que todo o desejo seja guiado pela razão mas também pelo amor. Porque amor não é sinónimo de desejo; e desejo não significa necessariamente amor. Mas quando amor e desejo se unem...o mundo, a vida e a relação a dois têm outro sabor!
Eis um tema do qual me apreço falar.
A principal causa da infidelidade consiste no desejo. O desejo de aventura, o desejo de diversidade, o desejo de adrenalina, o desejo de paixão, o desejo de calor, o desejo de sedução, o desejo de ambicionar o que não temos, o desejo proibido da liberdade libertina, o desejo de desejos pródigos. E serão estes desejos pródigos a causa da maior calamidade, pois sentiremos sempre culpa pelo nosso descontentamento.
Hoje vou deixar por cá um texto que li e que achei fantástico. É um texto que estabelece uma espécie de comparação entre o homem e a mulher.
Eu sei, eu sei, nunca se chega a um concenso...
Mas não é este um blog para a partilha de opiniões? E ainda por cima criado por duas pessoas de sexos opostos? Nada melhor...
Espero que chovam comentários!
“O homem é a mais elevada das criaturas. A mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher um altar. O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema. A glória promove a grandeza e a virtude a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito. O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas. A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.”
Nada mais belo que este texto para mostrar que não há um sexo forte...cada um deles é belo à sua maneira e complementam-se.
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