Agora estou aqui

Olá a todos.
Hoje não vou divagar.
Hoje queria só dizer-vos que a partir de agora divago por outro cantinho:

www.paginas-com-sentimentos.blogspot.com


Espero encontrar-vos por lá. Em vez de um blog de divergência de opiniões é algo mais pessoal, onde escrevo o que me me vai na alma.
Queria agradecer a todos a vossa participação neste blog; foi para mim uma experiência muito positiva, muito interessante mesmo.
Mas impõe-se a necessidade de criar algo mais individual. Escrever sempre foi uma paixão!
Encontramo-nos lá, ok?
Até sempre.

Amizade

"Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre."

Albert Einstein

(imagem encontrada na Internet)
Um poema lindíssimo sobre o sentimento tão nobre que é a amizade.
É um miminho para todos os meus amigos. Mesmo estando longe, por vezes, os laços de amizade não se rompem. A amizade supera todos os obstáculos.
Para todos os meus amigos uma excelente semana e um beijinho docinho (estamos em época de doces!).

Dia da Mulher - 8 de Março

Amanhã comemora-se o Dia da Mulher.
Será que todos sabem o que representa este dia?

Em 8 de Março de 1857, as operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque uniram-se em protesto numa greve para reivindicarem a redução do horário de trabalho (trabalhavam na altura mais de 16 horas por dia e recebiam menos de um terço do salário dos homens!).
Conta-se que as protestantes foram fechadas na fábrica, onde acabou por deflagrar um incêndio que roubou a vida a cerca de 130 delas. As mulheres morreram queimadas quando lutavam por direitos essenciais e pela igualdade entre os sexos.
Mais tarde, em 1910, realizou-se na Dinamarca uma conferência internacional de mulheres, sendo que fixou aí decidido comemorar o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher, em homenagem àquelas que lutaram em Nova Iorque.
Desde essa data que se comemora então o Dia da Mulher, que pretende ser uma chamada de atenção e um incentivo à dignidade, respeito e importância da mulher na sociedade, no trabalho, na família.

Felizmente hoje a discriminação entre os sexos já não assume as proporções desses tempos.
Felizmente, a mulher tem provado ao mundo o seu valor e dignidade e assume cargos tão ou mais importantes que os homens. Não há limitações para uma mulher.
A mulher tornou-se independente a todos os níveis: no emprego, a nível financeiro, nas relações com os outros, em tudo.
Tenho a felicidade de não ter sentido as restrições de tempos antigos e de ter crescido como mulher, uma mulher independente, com ideiais e sonhos próprios, com liberdade de opinião, com uma vida totalmente livre de preconceitos. Sou uma mulher feliz nesse sentido.
Para todas as mulheres do mundo um feliz dia 8 de Março. É apenas um dia simbólico, pois cada dia tem de ser o dia da mulher! Cada dia tem de ser especial, único!
Uma prendinha para vocês:








Felicidade

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A felicidade deve vir de dentro para fora. O que realmente nos faz felizes está dentro de nós mesmos e na nossa relação com os outros e com a vida.
Que ela não dependa do tempo. Cada minuto é precioso demais para ser desperdiçado. Mesmo que estejamos cheios de trabalho, mesmo que o dia pareça reduzido a metade, é necessário olhar para as pequenas coisas que nos dão prazer e felicidade. Um simples sorriso, uma breve palavra, um banho quente, um telefonema a uma amiga, a leitura de mais uma página daquele livro que andamos a ler há semanas..Tudo isso pode ser muito bom para o nosso bem-estar. Cada dia é especial e único.
Que a felicidade não dependa da paisagem. Porque até uma paisagem sombria pode ter o brilho do sol. Basta fazermos por isso. Basta trazermos a luz do nosso sorriso e o brilho da nossa felicidade.
Que não seja a felicidade dependente da sorte. O que é a sorte? Depende. Continuo a acreditar que somos nós próprios que determinamos a maior parte daquilo a que chamamos sorte. Porque apesar de não podermos controlar determinadas coisas, muitas vezes está nas nossas mãos aquilo que pedimos aos céus.
E que não dependa do dinheiro...É inevitável. O dinheiro contribui para o bem-estar, o conforto, para a felicidade. Contribui, sim; mas não é exclusivamente o factor determinante. Às vezes achamos que nos falta tanto e nem nos passa pelo pensamento que no mesmo instante há povos que não têm um copo de água potável para beber; há crianças que morrem à fome e por falta de cuidados médicos; milhões delas não têm qualquer instrução escolar e nunca virão a ter (ou se têm é à base de recursos e meios deploráveis!); há gente que morre ao frio porque não tem um tecto para se abrigar nem tão pouco roupa para se agasalhar...Afinal, apesar de não vivermos em abundante riqueza, não estamos muito mal...
A felicidade não se compra, não se acha; conquista-se.
A felicidade está tantas vezes num sorriso, num por-do-sol, numas mãos entrelaçadas, num olá.
Hoje começa mais um dia. Mais um dia que deverá ser feliz para cada um de nós.
Está um sol lindo! Este dia vai ter o sentido que eu quiser. E eu quero ser feliz! Muito feliz!
Beijinhos e......

Muita FELICIDADE para todos vós.

O tempo que nos resta...


De súbito sabemos que é já tarde.
Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.
De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos. De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas. Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos. Dói. Dói tanto! E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.
Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?
Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem. Os jornais caem-nos das mãos. Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.
Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.
O tempo que nos resta é de aventura. E temos de andar depressa. Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.
E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda. E perguntar o caminho.
Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias.
E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.
Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.
Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas. Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem. De combate. Os nossos direitos, o conforto e a segurança? Deixem-nos rir... Já não caímos nisso! Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons. De complicar a vida. De dar até que comece a doer-nos.
E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo. Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.
(Paulo Geraldo)


E de repente...é já tarde demais...
Hoje não podemos fazer nada. Acho que também nunca tivemos oportunidade para fazer. Hoje ele não está cá e nós sofremos na pele a dor da despedida. Uma despedida tão trágica, tão chocante, tão custosa...
Figuras monstruosas habitam nas nossas cabeças. Porquê assim? Porquê não dar à vida o valor que ela merece? Porquê não pedir ajuda quando se precisa?
Temos tantas coisas boas à nossa volta e nem sempre reparamos nelas. Tantas vezes a atenção volta-se apenas para as insignificâncias e armadilhas da vida. Não pode ser...E agora a nossa dor? Como é difícil encarar tudo isto. Um punhal fere-nos o coração e as lágrimas caem desesperadamente nas nossas faces. Nada a fazer. Apenas a recordação de uma face que não a de agora.
Teremos de ser fortes e retirar uma lição de vida: todos os dias, minutos, segundos andam muito depressa.

Até sempre, tio.

Paixão


"As paixões são como as ventanias que incham as velas do navio. Algumas vezes o afundam, mas sem elas não se pode navegar." (Voltaire)



A minha árvore de Natal

"Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos. Os amigos de longe e de perto. Os antigos e os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro. Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos. Os constantes e os intermitentes. Os das horas difíceis e os das horas alegres. Os que sem querer eu magoei, ou sem querer me magoaram. Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles que não me são conhecidos , a não ser as aparências. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Os meus amigos humildes e meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida. Uma árvore de muitas raízes muito profundas para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes vindos de todas as partes venham juntar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade seja um aumento de repouso nas lutas da vida.Que o Natal esteja vivo dentro de nós em cada dia do ano que se inicia, para que possamos viver sempre o amor e a fraternidade."

Cada vez vemos árvores de Natal mais originais. Esta, para além de original, é extremamente simbólica. Cada amigo tem um lugar na minha árvore e brilha muito mais que as luzes e as bolas espelhadas. A minha árvore não é a maior da Europa...mas é a maior do mundo! Porque carrega imensa amizade, imensa alegria, muitas recordações fantásticas e muitos sorrisos, gargalhadas e momentos de diversão. Se porventura carrega algumas lágrimas, elas servem apenas para dar vivacidade e alimento à árvore.
Toda ela é bela! Todos constituem o universo fantástico que me rodeia. A minha árvore de Natal foi feita com o maior carinho e empenho.
A todos vocês, amigos e amigas, desejo o maior brilho, beleza e calor em todos os dias.
Obrigado por me ajudarem a construir a mais linda árvore natalícia de sempre!
:-)

Dias difíceis...


"As dificuldades devem ser usadas para crescer, não para desencorajar. O espírito humano cresce mais forte no conflito." (William Ellery Channing)

Isso é uma verdade, o espírito humano torna-se mais forte com as adversidades que encontra no seu caminho. Mas há dias em que quase nem nos lembramos disso. Como hoje...A força para enfrentar o dia teima em não chegar. Hoje é daqueles dias em que estou melancólica, cansada, calada, quieta, sem vontade de fazer nada...
Concentração e energia são palavras que não constam do meu léxico neste dia...
Sei que amanhã é outro dia. Vai ser bem melhor. Mas neste momento nada está no sítio certo.
E quando penso na montanha de tarefas que tenho para fazer...
Como cita a frase supra, as dificuldades não vão desencorajar. Depois de uma noite bem dormida amanhã estarei cheia de energia. Espero eu...

Amor e Solidão

O que precisamos para dar amor? Será que ele existe em porções infinitas dentro de nós?



Até há pouco tempo não acreditaria que tal fosse possível, que fosse exequível amar incondicionalmente e por tempo indeterminado.
Acreditava que precisavamos de estar sós para nos enchermos de amor no decurso desse período de solidão, para um dia mais tarde, quando amassemos alguém, o cedermos em absoluto.
Estar sozinho, num período de reflexão, sem embarcarmos em novos oceanos de amor, fazia todo o sentido. Era uma meditação e um período de acumulação e armazenamento de amor. Estar só, fazia com que observassemos e apreciassemos todas as coisas, absorvendo dessa forma o lado positivo de tudo em nosso redor. Quanto maior o tempo de solidão, mais amor seríamos capazes de acumular para posteriormente oferecer.

A partir do momento em que encontrássemos alguém para repartir esse amor, durante algum tempo seríamos felizes e capazes de transmitir esse sentimento, capazes de oferecer o que a outra pessoa necessita de sentir. Mas isto até uma nova fase de acumulação. Acreditava que com o passar do tempo, a nossa fonte do amor fosse secando, tornando imperativo novos momentos de solidão.

No entanto, o amor existe em nós de uma forma inesgotável. Desconhece limites. E nesse caso, não faz sentido estarmos sós a acumular esse sentimento. Devemos partilhar tudo. Devemos dar esse sentimento nobre sem medos ou receios, deve ser partilhado de forma espontânea e sincera. É um sentimento que faz mais sentido se for cultivado e desenvolvido em conjunto.

Desta forma, amor e solidão são elementos discrepantes, que não devem ser misturados. E o que para mim era coerente até à pouco tempo, deixou de o ser...


Casamentos a prazo???


Gabriele Pauli, a presidente da Câmara de Fuerth, o concelho mais pequeno da Baviera, apresentou uma proposta para limitar os casamentos a um contrato de sete anos, renovável por mútuo acordo. Se um dos membros do casal, ao fim de sete anos, não quiser renovar esse contrato, este extingue-se.
Mas o que é isto?! Um contrato a prazo? Que se pode ou não renovar? Sinceramente... Onde estão os sentimentos e os valores?
Espanta-me o facto de haverem propostas como esta... O amor, a família, as relações e todo o sentimento que gira à volta de um casamento não são, na minha opinião, algo equiparado a um mero contrato. Muito menos um contrato com termo. Quando se ama alguém não se está a pensar em algo temporário. Quando se ama...ama-se, simplesmente. Se alguém pensar que se calhar dali a tempos o amor vai terminar, então aquilo que sente não é amor de verdade.
Qual a lógica de ao fim de uns anos se renovar ou não aquilo que se sente pelo outro? Se eu amo alguém devo dizer-lhe e demonstrar isso todos os dias. E se algo não está bem, se o amor ou a confiança deixam de existir, não precisamos de completar sete anos para poder tomar uma decisão, não acham? Aquilo que se sente e que se quer não pode ser deixado para quando o "contrato" acabar. Tudo tem de ser esclarecido na hora.
Se essa lei fosse cá implantada, eu acho que nem casava. Porque afinal mais valia "juntar os trapinhos" e termos a pena liberdade de decidir a nossa vida, os nossos momentos bons e os mais difíceis, sem ter de cumprir essas burocracias e renovações sentimentais.
Vou ser sincera convosco: até me é estranho estar a falar deste assunto. Mas tinha de divergir acerca dele.

"Amor não se conjuga no passado; ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente." (M. Paglia)




Um mundo virtual

"Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos de que dispunha naquele dia atribulado para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava desenvolvendo, além de planear a minha viagem de férias, que há tempos não sei o que são. Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga,uma salada e um sumo de laranja, pois afinal de contas fome é fome, mas regime é regime, certo? Abri meu portátil e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:

-Tio, dá uma moeda?
- Não tenho, menino
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, eu compro um pão para ti.
Para variar, a minha caixa de entrada estava lotada de e-mails. Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas. Ah! Essa música leva-me a Londres e a boas lembranças de tempos passados.
- Tio, pede para colocar margarina e queijo também?
Percebo que o menino tinha ficado ali.
- OK, mas depois deixa-me trabalhar, pois estou muito ocupado, tá?
Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento. Faço o pedido do menino, e o garçon pergunta-me se quero que o mande embora. A minha consciência impede-me de o dizer. Digo que está tudo bem.
- Deixe-o ficar. Traga o pão e mais uma refeição decente para ele.
Então o menino sentou-se à minha frente e perguntou:
-Tio, o que está a fazer?
- Estou a ler uns e-mails.
- O que são e-mails?
- São mensagens eletrónicas mandadas por pessoas via Internet.
Sabia que ele não iria entender nada, mas a título de livrar-me de maiores questionários disse:
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Tio, você tem Internet?
- Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet, tio?
- É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual, tio?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me deixar comer a minha refeição descansado.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Que fixe isso. Gostei!
- Mocinho, entendeste o que é virtual?
- Sim, tio, eu também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?
- Não, mas o meu mundo também é desse jeito... Virtual. A minha mãe está todo o dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo. Eu fico cuidando do meu irmão pequeno que vive chorando de fome, e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa. A minha irmã mais velha sai todo o dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. O meu pai está na cadeia há muito tempo. Mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida e muitos brinquedos de Natal, e eu indo ao colégio para ser médico um dia. Isto não é virtual, tio?
Fechei meu portátil, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado. Esperei que o menino terminasse de literalmente 'devorar' o prato dele, paguei a conta e dei o troco ao garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que eu já recebi na vida e com um 'Brigado tio, você é fixe!'.
Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!"
Quantas vezes nos queixamos de coisas tão banais, tão insignificantes...
Ficamos chateados porque as calças não nos assentam bem, porque o café está fraco, porque o pc está lento, porque está uma enorme fila de trânsito, porque acordamos com uma borbulhinha na cara...
E aquelas crianças, como esta de que fala o texto, que não têm sopa e bebem água para enganar o estômago?... Que no mais frio Inverno andam com uns sapatos rotos e uns trapitos velhos que mal os agasalha?...Como vivem as pessoas que não podem passar em frente a uma padaria e comprar pão para os filhos, nem sequer um caderno e um lápis novos para eles levarem para a escola? O que será estar doente e não poder comprar os medicamentos para se curarem? Enquanto escrevo isto o meu coração aperta...Os olhos humedecem...Custa tanto ver esta realidade. Sobretudo nesta época em que o frio gela, em que o Natal se aproxima...



Pro-Ana


Quem em suas plenas capacidades pode defender uma causa tão doentia como esta?

Quem em suas plenas capacidades pode aceitar isto como um modo de vida?

Quem em suas plenas capacidades pode sequer conseguir entender isto?

Sei que quem como eu considera a anorexia uma doença, não consegue encarar esta enfermidade como uma opção. Principalmente se tivermos em conta a idade das “infectadas” por esta “excentricidade”.

“Perdi dois quilos esta semana, mas tenho de conseguir perder mais, afinal ainda peso 42Kg.”

“Hoje comi somente uma maçã. E fumei bastante, sempre que tinha fome.”

São pensamentos que nos chocam e depoimentos que impressionam. “A anorexia não é uma doença, é um modo social de estar”.

Frases como estas são vistas por quem quer que visite um qualquer site a favor da anorexia. Sei que a liberdade de expressão é hoje um tema por demais discutido, mas de liberdade a irresponsabilidade vai um longo percurso. Ou talvez não. Estes sites e blogs estão ao alcance de qualquer um, de adultos, de crianças e, mais preocupante, de adolescentes.

Era suposto escrever algo mais sobre este tipo de associações. Ponderei bastante antes de o fazer, no entanto, evitando ferir susceptibilidades, preferi não aprofundar o assunto. Cada um que tire as suas próprias conclusões.

Deixo um repto, um apelo, informem-se desta doença. Ponderem o que observam. Mas acima de tudo, mantenham-se conscientes de que isto não é um modo de estar na sociedade. Anorexia é deprimente e humilhante.


A caixinha dourada

Hoje vou partilhar com vocês a história de uma caixinha dourada (autor desconhecido). Acho que no fundo todos nós já recebemos também uma caixinha dourada...Leiam e percebam do que estou para aqui a falar.

"Há algum tempo atrás, um homem castigou a sua filha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado. O dinheiro era pouco naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina a embrulhar uma caixinha com aquele papel dourado e a colocá-la debaixo da árvore de Natal. Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao seu pai e disse: "Isto é para ti, Papá!"
Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reacção, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia.
Gritou e disse: "Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém, coloca-se alguma coisa dentro da caixa?"
A menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse: "Oh Papá, não está vazia. Eu soprei beijinhos para dentro da caixa. Todos para ti, Papá".
O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou-lhe que lhe perdoasse.
Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado da sua cama por anos e, sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, pegava na caixa e tirava um beijo imaginário, recordando o amor que a sua filha ali tinha colocado.
De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós tem recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos dos nossos pais, filhos, irmãos e amigos...
Ninguém tem uma propriedade ou posse mais bonita que esta."


E então, não acham que todos já recebemos a tal caixinha?
Sobretudo nesta altura natalícia (sim, porque já há sinais de Natal a cada esquina...) é importante lembrarmos que nem sempre as melhores prendas são as materiais. As melhores prendas não precisam ser caras nem estar embrulhadas num vistoso papel com um majestoso laço...Eu acho que recebemos presentes praticamente todos os dias. Como a criança que ofereceu ao pai uma caixa dourada cheia de beijinhos, também nós somos presenteados com os beijinhos, o amor, o carinho, a amizade e tantas outras belas e valiosas prendas das pessoas que nos rodeiam e que gostam de nós.
Já receberam alguma caixa dourada hoje?! E já ofereceram alguma?!
Bem, pelo menos uma recebem...A minha! Está repleta de beijinhos para todos vocês.
Bom dia e ...muitos presentes.





Os nossos sonhos


O que é o sonho? O sonho é uma experiência de imaginação do nosso inconsciente. Freud definiu o conteúdo dos sonhos como a realização dos desejos.
Há dois tipos de sonhos: aqueles que acontecem quando estamos a dormir, que grande parte das vezes nem têm sentido e que nem gostaríamos que acontecessem; e há aqueles que são sonhos de vida, ou seja, que são desejos, no fundo. Desejo de querer ter ou fazer algo. Muitas vezes não passam disso mesmo, de sonhos...
Mas há quem lute pelos sonhos, quem pense que o sonho pode tornar-se real. E é precisamente aí que reside a grandiosa capacidade de o ser humano construir o seu próprio caminho, de moldar a forma como as coisas se proporcionam.
Eu tenho sonhos. Tu, que estás a ler, também tens concerteza os teus. Que vamos fazer? Vamos ficar por aqui ou vamos construir a realidade dessa ilusão? Não posso adivinhar o que eu e tu vamos fazer, mas posso dizer-te que eu não vou ficar somente na ilusão. Pelo menos vou tentar, vou lutar para concretizar alguns deles.
Nem sempre é tão fácil agir como falar, eu sei. Mas também fui aprendendo que o difícil é ver os dias passarem e nós permanecermos sempre iguais, sem nada de novo, sem realizar somente um daqueles sonhos que habitam o nosso pensamento. Isso sim, é difícil. Pode até trazer sentimentos de revolta, de arrependimento, de tristeza. E como eu já aqui disse, nem sempre há tempo para os rascunhos.
Talvez muitos sonhos que temos estejam demasiado altos, nas nuvens. Talvez estejam no lugar certo. Talvez possamos conquistar outros céus. Há que construir os alicerces. E nessa construção concerteza que aprenderemos tantas lições, que daremos valor a tanta coisa, que sentiremos que somos fortes e grandes.
Ás vezes, os sonhos são tão simples de concretizar, mas tão simples mesmo...Só que acontece que nem sempre nós estamos dispostos a fazer o mínimo esforço. Acho que o principal problema é que nem sequer acreditamos que somos capazes de chegar lá, onde o sonho e a magia estão. Nem sempre os sonhos estão nas nuvens; há alturas em que estão apenas à mesma altura que nós. E nem assim os agarramos.
Eu acho que cada vez sonho mais alto...Será que vou lá chegar? Espero que sim. Estou a construir os alicerces para chegar às nuvens, lá bem alto onde eles estão. Cada vez fico mais perto. E acredito que os próximos tempos vão ser de muita mudança!
Desejo que todos vocês sonhem muito. Que tenham sonhos lindos e maravilhosos. E mais ainda, que um dia destes me possam dizer que os realizaram! Que chegaram às nuvens. E depois de lá chegarem...deixem-se estar. Disfrutem e sonhem de novo. Sonhem então em conquistar as estrelas.

Rascunhos...


Esta é uma das frases que mais gosto de recordar no dia-a-dia.
Será que devemos perder tempo com rascunhos na nossa vida?...
O que é um rascunho? Rascunho é um esboço, uma minuta, um trabalho prévio onde se fazem emendas ou rasuras, antes de ser passado a limpo.
Ok. Entendido. E então? Será sempre a melhor opção fazer rascunhos? Lembro-me de uma altura em que estudava e tinha tempo de esboçar antes de apresentar os trabalhos finais. Era fantástico. Adorava ter tudo bem organizado, sem erros nem rasuras, com uma apresentação excelente. Para mim constituía um excelente método de estudo. Mas com o avançar dos anos lectivos e com a crescente dificuldade e exigência das disciplinas, o tempo para os rascunhos foi escasseando. Compreendi que o melhor seria não perder tempo com os rascunhos; acabava por não ter tempo de passar tudo a limpo. E lá me fui habituando a esse novo método de fazer tudo na hora…
Hoje aplico isso à vida fora da escola, ou melhor, à escola da vida. Com um mundo cada vez mais exigente, mais competitivo, mais atarefado, haverá tempo para fazer um rascunho antes de passarmos ao trabalho final? Por outras palavras: antes de tomarmos uma decisão será imprescindível esboçar um plano? Não sei…E não sei a resposta porque cada caso é um caso. Porque há situações em que a razão deve agir antes do coração; porque há decisões que não podem ser tomadas sem um prévio conhecimento e análise. Por outro lado, quantas vezes perdemos mais tempo e mais atenção nos rascunhos do que no projecto final?
Uma coisa eu aprendi com a vida: os dias não podem ser desperdiçados. Hoje estamos aqui, amanhã quem sabe…Depois pode não haver tempo de fazer emendas…
Já perdi pessoas de quem gostava muito. Elas sabem o quanto eu gostava e ainda gosto delas. Mas elas partiram e agora não lhes posso dizer isso. Às vezes se o relógio se atrasasse uns minutos tudo poderia ter sido diferente. Há uma pessoa de quem eu gostava muito que se encontrava no hospital. Lembro-me como se fosse hoje. Eu queria mais que tudo vê-la. Quando já estava a menos de 5 minutos da porta do hospital o meu telemóvel tocou. Já não era possível a minha visita. Tinha-se ido embora…Em plena rua chorei…Porque não me deram mais uns minutos? Porquê? Eu estava a chegar. Porque é que a vida foi tão injusta comigo?
Hoje sei que há alturas em que os rascunhos não valem a pena. Não temos poder sobre a máquina do tempo. Se gostamos de alguém não devemos perder oportunidades de o dizer. Um “adoro-te” pode ter um poder imenso. Pode marcar para sempre.
Não deixemos que aquelas chatices sem importância, aqueles desentendimentos sem razão, o orgulho ou a vergonha nos impeçam de fazer na nossa vida um excelente trabalho. Cada dia, cada hora, cada minuto tem de ser vivido ao máximo, de acordo com os nossos valores fundamentais e com aquilo que nos faz sentir bem, connosco mesmos e com os outros.
A todos aqueles que amo, quero dizer precisamente isso: que vos AMO muito!
Cada gesto meu, cada pensamento é a certeza desse amor. Queria ficar para sempre perto de vocês mas sei que o tempo não será eterno. Por isso, e sem rascunhos, quero sublinhar todos os dias o quanto gosto de vós.
E quero fazer de cada dia um dia muito especial! Por isso termino por aqui; ainda há muito que fazer hoje. Hoje tem de ser especial. E amanhã também. E depois de amanhã. E depois…E depois…E depois… Sempre especial. Como eu e como vocês.

Sem ar




Achei este vídeo fantástico. Pela letra, pelas imagens, pelo sentimento. Por isso decidi partilhar com vocês.
Porque muitas vezes ficamos mesmo sem ar...
Porque há alturas em que queremos esquecer e até o vento nos traz as lembranças que não queremos lembrar. Por muito que tentemos afastar uma certa imagem ela insiste em estar presente, em fazer-nos dizer coisas sem sentido, em perder o rumo...
E permanecemos assim...
Tu és o meu farol e nos teus braços é o meu lugar.

Hoje namoro...

Comecei um relacionamento que durará para sempre. Sim, é verdade, para sempre. E não me digam agora que o “para sempre” sempre acaba, porque, no meu caso, não terminará, será eterno.

Ela passava constantemente por mim. Não tinha força para a mudar, para me dirigir a ela. Tornava-se uma tortura. Quase insuportável. Ela bordejava em meu torno e eu nada fazia para a alcançar.

Os dias foram passando, os meses e até os anos em que vivi neste enleio.

Chegou um ponto que não aguentei e tomei uma posição.

Não poderia manter-me naquele impasse.

Ganhando coragem, dirigi-me a ela:


Posso envolver-me em ti? Abraçar-te todos os dias? Deitar-me e acordar contigo? Amar-te como nunca amei ninguém?


Ela, na sua discrição, mas convicta da sua vontade, abraçou-me. A reciprocidade foi imediata. Foi o abraço mais envolvente que senti.




Agora sou pleno de felicidade. Vivo em harmonia e paz. Uma serenidade que cessou as minhas hostilidades com o Mundo.

Claro que nem sempre estamos bem, pois nem tudo é um mar de rosas. Há quem diga que “são coisas da vida”, eu apenas digo que “são coisas minhas”, pois agora a Vida é minha. Estou loucamente apaixonado por ela e não mais a largarei…

Pudesse Eu....

Pudesse eu escrever tudo o que me vem na alma.

Pudesse eu transcrever todos os meus pensamentos.

Pudesse eu exprimir tudo o que sinto.

Pudesse eu sentir tudo o que desejo.

Pudesse eu desejar tudo o que quero.

Pudesse eu querer tudo o que conquisto.

Pudesse eu conquistar os desejos, para estes passarem a ser subjogados.

Pudesse eu contornar os óbices, para fugir num caminho sem barreiras.

Pudesse eu dominar a raiva de julgar, quando devemos imparcialidade.

Pudesse eu reprimir os opressores e liberar os oprimidos.

Pudesse eu abdicar da minha vontade para satisfazer a dos outros.

Pudesse eu ser aquilo que sonhei.

Se pudesse ser o que sonhei, certamente que a minha alma sentiria os pensamentos daquilo que desejo e ambiciono, e eu saberia exprimir o meu querer.

Se eu pudesse ser o que sonhei, certamente que os desejos não seriam salientados, que os óbices seriam transformados em protecções, que a imparcialidade seria a minha sentença, que os opressores acalentariam os oprimidos e que as minhas vontades seriam complementares aos desejos dos outros.

Não podendo ser o que sonhei, resta-me sonhar com a quimera de uma mudança, que me aproximará da utopia fantasiada.

Coisas boas da vida!

Apaixonar-se.

Rir até sentir o rosto doer.Uma praia.Um supermercado sem filas.Um olhar especial.Receber cartas ou e-mails.Conduzir numa estrada bonita.Ouvir a tua música preferida na rádio.Um banho de espuma.Uma boa conversa.Um banho quente. Achar uma nota de 50€ no teu casaco de Inverno do ano passado.Rir de ti mesma(o).Ligações à meia noite que nunca terminam.Rir sem absolutamente razão nenhuma.Ter alguém para te dizer que és bonita(o).Rir por alguma coisa de que te lembraste.Os amigos.Amar pela primeira vez; pela segunda,pela terceira, ...
Ouvir, acidentalmente, alguém falar bem de você.Acordar e perceber que ainda faltam algumas horas para dormir.O primeiro beijo.Fazer novos amigos ou ficar junto dos velhos.Conversas à noite com seu colega de quarto que não te deixa dormir.
Alguém brincar com o seu cabelo.Bons sonhos.Chocolate quente.Viagens com os amigos.Dançar.Beijar na boca.Ir a um bom espectáculo.Ter calafrios ao ver "aquela" pessoa.Ganhar um jogo difícil.Passar o tempo com os(as) amigos(as).Ver os(as) amigos(as) sorrir ou rir.Segurar a mão de um(a) amigo(a).Encontrar com um(a) velho(a) amigo(a) e descobrir que há coisas que nunca mudam.
Descobrir que o amor é eterno e incondicional.Abraçar a pessoa que amas.Ver a expressão de alguém que ganhou um presente que queria muito de ti.
Ver o nascer do sol. Levantar todos dia e agradecer a Deus por outro lindo dia!
Estas são sem dúvida algumas das coisas mais preciosas (apesar de por vezes tão simples!) que cada dia nos pode oferecer. E porque é preciso viver e não apenas existir...vamos dar valor a cada momento.
Boa semana para todos.


Olá a todos. Hoje estou a escrever com um intuito muito especial. Hoje quero agradecer um testemunho de vida. De uma mulher que foi vítima, mas não o é mais; ela é agora uma vencedora. Lembram-se do texto que escrevi acerca de uma campanha contra a violência? Já leram os comentários deixados pelos nossos visistantes? Leiam. Façam isso.
Um desses comentários é de uma mulher (por sinal uma amiga minha) que viveu na primeira pessoa o drama da violência numa relação a dois. Uma descrição de apenas alguns maus momentos que passou junto de quem ela um dia amou. Uma das minhas principais motivações ao escrever neste blog é interagir com os leitores, abordar temas importantes e levá-los a reflectir sobre determinadas questões. Por vezes precisamos apenas de umas breves palavras para reflectir sobre as nossas atitudes, sobre os valores da vida, sobre aquilo que pode acontecer aos outros e na forma como podemos ajudar. Quando publiquei o post da violência doméstica pretendia exactamente chamar a atenção para este problema social. Até que essa minha amiga o leu e me contou que o viveu na pele. Sabia que ela passou alguns tormentos, até que ponto isso eu não imaginava. Ela disse que não teve coragem de deixar sequer um comentário. Perfeitamente compreensível. Para quê estar a contar aquilo que só a fez sofrer? Para quê relembrar esses momentos? Eu sei que ela está feliz agora. E fico muito feliz por isso. Sei que ela teve a coragem de dizer "basta", de mudar o rumo da sua vida e de lutar pela felicidade. Quantas mulheres fariam o que ela fez? Não sei...
Até que ontem ela me disse: "ganhei coragem e comentei o post; vai ver". O meu coração começou a bater mais rápido e fui. O que teria ela escrito? Li. Reli. Uma lágrima quis sair dos meus olhos e correr pela minha face...Nunca tinha imaginado que tivesse assumido aqueles contornos. O bater, o pressionar, o ameaçar, o exigir, o perseguir,...O meu coração apertou e eu senti-me muito pequenina e impotente num mundo como este...Escrevo um post que acho de extrema importância (e é) e depois deparo-me com a história real e trágica de uma pessoa que me é próxima (apesar de estar tão longe). As voltas que isto dá. Doeu ler e quis chorar. Mas de repente...Não chorei. Agradeci o facto de ela ter sido corajosa e forte o suficiente para por fim a esse tipo de vida. Orgulhei-me por ela e no fundo também por mim. Por ela nem preciso dizer porquê; ela soube que apesar de ter de deixar tudo e todos tinha de mudar a situação. Para quem não sabe ela partiu para longe para fugir do drama em que se viu inserida. Deixou a família, os amigos, o emprego, o país...Ele não valia a pena; ele não era digno do sofrimento dela. Nenhum homem é digno de nada quando comete este tipo de atitudes, físicas mas também psicológicas. Por outro lado também eu me sinto orgulhosa. Por a conhecer e poder enaltecer a coragem e a determinação dela; e também porque de facto o meu post foi marcante. Muito. E quem sabe tudo isto não será uma "palavra amiga" para outras pessoas que vivem o mesmo drama?! Quem sabe não constitui um apoio e uma prova de que vale sempre a pena lutar?!
Essa amiga disse-me depois de eu ter lido: "vou ficar orgulhosa se este meu testemunho servir de exemplo para outra mulher que esteja a passar pelo mesmo".
Por isso, caros visitantes, divulguem isto. Há sempre alguém que precisa de saber. Ela assumiu perante todos a má experiência que viveu. Eu, assim como ela, ficariamos contentes se estas nossas palavras contribuissem para confortar e ajudar alguém.
Nada mais tenho a dizer.
Hoje queria mesmo só dizer-lhe: És uma grande mulher. Parabéns pela tua força, confiança, coragem, vontade de ser feliz!
Eu sei que ela está bem agora. E merece-o mais que ninguém.


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