Casamentos a prazo???


Gabriele Pauli, a presidente da Câmara de Fuerth, o concelho mais pequeno da Baviera, apresentou uma proposta para limitar os casamentos a um contrato de sete anos, renovável por mútuo acordo. Se um dos membros do casal, ao fim de sete anos, não quiser renovar esse contrato, este extingue-se.
Mas o que é isto?! Um contrato a prazo? Que se pode ou não renovar? Sinceramente... Onde estão os sentimentos e os valores?
Espanta-me o facto de haverem propostas como esta... O amor, a família, as relações e todo o sentimento que gira à volta de um casamento não são, na minha opinião, algo equiparado a um mero contrato. Muito menos um contrato com termo. Quando se ama alguém não se está a pensar em algo temporário. Quando se ama...ama-se, simplesmente. Se alguém pensar que se calhar dali a tempos o amor vai terminar, então aquilo que sente não é amor de verdade.
Qual a lógica de ao fim de uns anos se renovar ou não aquilo que se sente pelo outro? Se eu amo alguém devo dizer-lhe e demonstrar isso todos os dias. E se algo não está bem, se o amor ou a confiança deixam de existir, não precisamos de completar sete anos para poder tomar uma decisão, não acham? Aquilo que se sente e que se quer não pode ser deixado para quando o "contrato" acabar. Tudo tem de ser esclarecido na hora.
Se essa lei fosse cá implantada, eu acho que nem casava. Porque afinal mais valia "juntar os trapinhos" e termos a pena liberdade de decidir a nossa vida, os nossos momentos bons e os mais difíceis, sem ter de cumprir essas burocracias e renovações sentimentais.
Vou ser sincera convosco: até me é estranho estar a falar deste assunto. Mas tinha de divergir acerca dele.

"Amor não se conjuga no passado; ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente." (M. Paglia)




6 Divergências:

Infelizmente, na sociedade actual o casamento perdeu o significado que tinha. Os próprios noivos casam convencidos que estão apixonadíssimos mas com a ressalva de que se não der parte-se para outra. O divórcio, com o sofrimento que implica inevitavelmente, é encarado de ânimo leve. Quando as coisas começam a correr mal, em vez de se pensar "porquê? o que podemos mudar?" opta-se pelo caminho mais fácil - separar.

É a sociedade consumista de hoje em dia.

Não sabemos o que o futuro nos espera - seremos divorciados também no futuro? É óbvio que é mais saudável uma separação amigável, civilizada do que um casamento de tortura para os conjuges e os filhos. E assim, a única certeza que devemos ter é "nunca digas nunca". Mas por outro lado, também podemos acreditar convictamente nas decisões que tomamos. E eu acredito que o casamento pode durar uma vida inteira, sem fachadas, pela partilha de um amor, respeito e cumplicidade genuínos...
O futuro nos dirá ;)

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quarta-feira, novembro 28, 2007 11:26:00 AM  

As pessoas brincam com o casamento, os governantes brincam com as leis...
Deixou-se de dar valor... deixou de se ter o verdadeiro significado.
A L.C. já falou, e muito bem... do qual assino por baixo!
Depois, não é um raio de um papel que vai importar quem realmente se ama!

quarta-feira, novembro 28, 2007 5:28:00 PM  

Pois e cara amiga...o casamento ja e por si um contrato de partilha...ha muito tempo que e assim.Por isso nao me casei...nao digo que um dia nao o venha a fazer mas sera por outras razoes e nao por um contrato.O casamento e tudo hoje em dia menos amor...uns casam porque a rapariga ficou gravida,outros casam por interess,por dinheiro ou ate porque gostam um do outro mas nao e amor,e o que passa e que sem amor nenhum casamento funciona a 100% porque e o amor que nos faz partilhar,que nos faz aceitar os defeitos do conjugue.Eu estou com um homem por amor e sei que nada vai mudar isso,nao digo que um dia nao nos deixemos mas isso sera porque se perdeu algo de muito valor,como a confiança e nunca porque o amor morreu pois este nao morre jamais.Por isso e que este tema de casamento como contrato temporal nao me surpreendeu pois o casamento ja nao e sinonimo de amor,infelizmente.

quinta-feira, novembro 29, 2007 2:48:00 PM  

Isabel, deixa-me só que te diga uma coisa. Concordo que muitos casamentos sejam de fachada, mas isso não se pode aplicar à generalidade dos casamentos e das relações. Há pessoas que vivem casamentos lindíssimos! Eu também amo um homem e pretendo casar com ele. E podes ter a certeza que não é um casamento sem amor. Hoje em dia o casamento é aquilo que as pessoas pretendem que seja...em alguns há amor, noutros não...
Mas isso não depende do mero papel. Não é o papel que traça o rumo das coisas. São os nossos actos, os nossos sentimentos, as nossas condutas, as pessoas com quem nos relacionamos.
"O casamento e tudo hoje em dia menos amor...", como disseste...Não acho.

quinta-feira, novembro 29, 2007 3:32:00 PM  

Eu concordo com todos em vários aspectos...
Mas também acredito ainda no verdadeiro casamento, aquele que é consumado por amor, em que duas pessoas se unem por acreditarem que estão destinadas a passar o resto da vida juntas.
Mas também sei que existe quem não o faça por esses motivos, mas acho uma estupidez isso do contrato de 7 anos, se tem que acabar que não seja já com data definida, acaba quando acabar.

Mas eu sou uma romantica :) Acredito no amor e em todo o romantismo que o envolve, por isso quero acreditar que ainda há muita gente que casa por amor....


Beijinhos

quinta-feira, novembro 29, 2007 4:09:00 PM  

Querida amiga eu nao quis dizer que isto passa sempre mas em muitos casos e assim.Eu acredito que ainda haja quem o faça por amor mas sao poucos e tu sabes disso.E a prova e a quantidade de divorcios a que assistimos nos ultimos anos principalmente...beijo e que esse amor seja a prova para um casamento perfeito...

sexta-feira, novembro 30, 2007 12:59:00 PM  

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